Curiosidades sobre as vidas de escritoras icônicas: Virgínia Woolf
Conta Comigo! Curiosidades sobre as vidas de escritoras icônicas: Virgínia Woolf
Por: Michele Machado Fernandes
Começo hoje uma série de artigos sobre escritoras que deixaram a sua marca no Brasil ou no mundo por terem sido pioneiras em uma época em que não era nada fácil ser mulher e ainda mais complicado ser mulher e escritora.
Virgínia Woolf
Adeline Virginia Woolf (1882-1941) foi uma escritora inglesa que produziu as suas principais obras durante o período entreguerras, e a sua principal marca estilística é o fluxo de consciência.
As suas principais obras são: “Mrs. Dalloway” (1925), “Ao Farol” (1927), “Orlando” (1928) E “Um Teto Todo Seu” (1929).
A sua obra viria a inovar também pelos temas feministas e homoafetivos, contemplando ainda a saúde mental, a guerra e a sociedade britânica.
Seu pai atuava como escritor e editor, fazendo com que Virginia fosse introduzida ao mundo literário desde cedo.
Sua biografia é um tanto controversa. Há suposições de que a autora tivesse sofrido abuso dos irmãos mais velhos, fato que poderia ter desencadeado o transtorno bipolar.
Classificada como uma autora modernista, Virginia participou do Grupo Bloomsblury, movimento formado por um grupo de intelectuais que se opunha à tradição vitoriana.
A autora começou a escrever profissionalmente em 1900.
Um fato interessante foi a sua participação no Embuste de Dreadnought (1910), quando a autora e seus amigos se disfarçaram de realeza abissínia ao entrar no barco da Marinha inglesa. O grupo não foi desmascarado no ato, porém, quando descoberto, além do embaraço, teve de responder a um inquérito policial.
Em 1915 publicou o seu primeiro livro.
Virginia se casou com Leonard Woolf em 1912 com quem fundou a editora Hogarth Press, que lançou nomes com Katherine Mansfield e T. S. Elliot.
Uma questão deixada de lado em muitas de suas biografias foi o fato de manter por quase uma década um romance com Vita Sackville-West em paralelo com seu casamento. Esse relacionamento é documentado em cartas trocadas pelas duas escritoras e era de conhecimento dos seus respectivos maridos.
Em 1942, depois de ter a sua casa destruída com o estopim da Segunda Guerra Mundial, Virginia Woolf não pôde mais escrever e entrou na profunda depressão que culminou em suicídio.