Às vezes tudo acontece de forma tão intensa que não nos prendemos aos detalhes. Mas a intensidade pode surgir ou se fazer presente como um traço único do seu Dna. Apesar de todo o processo artístico ou estético, e a consciência de projetos nichados, existir em uma esfera musical à margem do que as pessoas entendem como resultado, tem sido fruto de trabalho intenso e foco. E no final, esse mesmo detalhe desapercebido, pode trazer gratas surpresas. E tem sido assim.
Ajustar, corrigir e principalmente compreender, são requisitos básicos para que isso aconteça. Mas pra isso, é preciso encarar a realidade. Parte das pessoas envolvidas no meio artístico ainda atuam no modo lúdico, projetando acertos como quem mira na lua com o próprio dedo. E nem sempre, o óbvio escancarado à sua frente é uma armadilha.
Aceitar, cumprir e principalmente perceber o chamado da sua missão nem sempre é algo assim tão fácil. Sobretudo quando confunde-se desejos, vontades e a necessidade quase sempre imbuída de “Ego e vaidade”. Estar à frente de projetos artísticos pode ser um desejo, um sonho, mas nem sempre uma missão. A princípio isso pode ser dolorido. Frustrante, mas confiar, delegar funções e sobretudo cultivar a admiração pode se transformar em um hábito. Um dos bons, e talvez você consiga reverter o quadro. Se sentir parte de algo maior. Afinal, a música deveria sempre ser encarada como algo assim, maior.
Gerir pessoas é muito mais do que simplesmente achar algo ou alguém que, transitoriamente se encaixe no seus sonhos.
É imperativo produzir, criar e elevar o padrão artístico até que todos possam sentir o tamanho e a verdade de cada sonho, além da realidade do seu alcance. Mas antes de tudo é preciso estabelecer degraus, uma rota básica e funcional ( planejamento) para que o lúdico dê lugar ao profissional.
Como diria Arnold Schwarzenegger, “ Falhar não é uma opção.
Abs.
L.M
Vivendo de Música: A Sina do Artista é a coluna semanal de Luís Maldonalle na Expedição CoMMúsica.