Sua banda é marketing Multinível ?
No post dessa semana, aqui na coluna Vivendo de Música, falaremos sobre o marketing multinível. Porém, não como ferramenta, mas sim um paralelo como opção de gerenciamento no processo da sua banda/carreira. A princípio, vamos entender a técnica e o objetivo do marketing Multinível.
A ideia foi criada na década de 1940, nos EUA, por Carl Rhenborg e basicamente tem como premissa a extensão da cadeia de revendedores. Às vezes entendido como marketing de rede, a ideia central é ter através de equipes e revendedores, um processo de estender o máximo o alcance de vendas através da autonomia dos revendedores e equipes em busca de resultados. Em uma visão mais simplista, quanto mais gente vendendo seu produto, melhor.
Nesse modelo de venda, o revendedor participa dos lucros obtidos de sua venda. E, por vezes, através da sua própria rede de revendedores, com o lucro indireto. O modelo sempre teve espaço por aqui, alguns exemplos são; Mary Kaye, Avon Jequiti, Hinode e Herbalife.
A ideia de estimular esses revendedores a comercializarem seus produtos e serviços, tendo autonomia e a responsabilidade pelos resultados, é claramente funcional. Aqui cada revendedor e time entende a autonomia como o parâmetro para seus lucros. Ou seja; o resultado é proporcional ao número de vendas.
Agora vamos olhar esse modelo e compromisso dentro da realidade artística. É muito possível você aplicar o marketing de rede ou Multinível em sua carreira. Claro, é preciso ajustes, mas isso é praticamente uma máxima em qualquer opção de gestão que você faça.
A ideia é ter o seu produto nesse mesmo processo de entrega e extensão. Ou seja; o máximo de pessoas entregando o máximo dos produtos em uma longa cadeia de eventos. E leia-se produtos aqui, como cada ponto dessa cadeia. Single, Ep, álbum, merchandising, público, shows, radios, zines e festivais.
Se analisarmos os grandes artistas, cada fã envolvido é um revendedor ávido por levar esse conteúdo o mais longe possível. Parte desse processo de fã base, acontece de maneira orgânica. Agora imagine esse grande artista com milhares de pontos de revendedores dentro dessa cadeia: a coisa se torna gigantesca.
Na nossa realidade, os ajustes são mais intensos. E ter uma fã base com 50 pessoas pode ser uma missão quase impossível. Mas existem alternativas e opções. Além da consistência e seriedade no trabalho.
Boa parte do pensamento e o paralelo com o marketing Multinível, sobretudo quando pensamos em receita, vem do recrutamento de membros e a venda de produtos dentro da rede. Um projeto artístico com um merchandising de ponta tem a possibilidade de estabelecer resultados, motivação e até mesmo essa autonomia com o resultado revertido no final em fidelidade. Ou seja, fãs.
A música é um catalisador natural de uma série de coisas. A emoção é uma delas. Resultados e vendas hoje praticamente são quantizados de acordo com a necessidade emocional. Esse seria o gatilho principal de vendas e resultados.
Em uma carreira/banda isso pode e deve ser prospectado em prol de aumentar essa fã base afim de fortalecer esse “ core” central do artista. Afinal, o interessado em sua música é o seu maior ativo.
L.M.