Estação Black • O Adeus à Cindy Mendes

Estação Black • O Adeus à Cindy Mendes

Estação Black • O Adeus à Cindy Mendes. Por Marcelo Kurts para a coluna Estacão Black, na Expedição CoMMúsica.

 

 

O adeus à Cindy Mendes

Salve !

Estação Black – Cindy Mendes

 Hoje quero escrever sobre uma colega do Rap que se foi aos 38 de idade no dia 08 de janeiro desse ano. Infelizmente perdemos o talento de Cindy Mendes, atriz, cantora e rapper de SP.

Cindy era um talento nato no canto e nas rimas, participava de batalha, vivia a cultura Hip Hop sem parar. A conheci no começo dos anos 2000 quando ela estava morando no Jardim São Marcos – Embu das Artes, com Amanda Negrasim e Renata Vanns. Naquela época, ela já era uma promessa na música por rimar diferente e possuir uma voz doce para o canto black. 

Antes de trilhar no Rap e na tela da TV, Cindy Mendes começou sua história como modelo e atriz no teatro Macunaíma, aos 7 anos de idade. Ela era formada em teatro e atuou em inúmeras montagens musicais, como “O Mágico de Oz”, “All That Jazz”, “Black Cat”, entre outros.

Por ironia do destino não a vi mais na época e só a encontrei através da TV quando ela atuou na minissérie Antonia produzida pela Rede Globo, que contava a história de um grupo de mulheres que formavam um grupo de hip-hop. Cindy interpretou a personagem Preta que, assim como ela, era uma rapper da periferia.

A partir daí, Cindy continuou a se apresentar em shows e festivais, ganhando cada vez mais fãs e reconhecimento pelo seu trabalho. Suas letras falavam sobre a realidade da periferia, com temas como desigualdade social, racismo e violência, além de celebrar a cultura negra e a força das mulheres.

Em 2010, Cindy lançou seu primeiro álbum solo, intitulado “Na Mão as Flores”, que recebeu críticas positivas e solidificou sua posição como uma das principais vozes do hip-hop feminino no Brasil.

Infelizmente Cindy Mendes nos deixou no dia 08 de janeiro, ela foi uma artista talentosa e uma voz importante na luta contra a desigualdade social, o racismo e a violência, especialmente em relação às mulheres negras da periferia. Seu legado como rapper e ativista continua a inspirar e empoderar jovens artistas e pessoas em todo o país.

Que sua memória seja honrada e seu trabalho seja valorizado, e que sua voz continue a ecoar através de suas músicas e da mensagem de resistência e representatividade que ela defendeu em sua vida e carreira.

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