Poisé entrega reflexão e introspecção no álbum “Nada”
Poisé entrega reflexão e introspecção no álbum “Nada”. Musicalmente, o álbum é uma fusão de indie rock, rock alternativo e ritmos latinos e brasileiros
A Poisé é uma banda nascida e criada em Santo André-SP em 2019, misturando rock alternativo e indie pop com ritmos brasileiros e latinos. Formada por Cá Polese (voz, percussão e teclas) , Gusta Ribeiro (bateria), Lucas Rett (baixo) e Lucas Psiko (voz e guitarra), o coletivo tem uma ep, quatro singles e quatro videoclipes lançados
O lançamento está na programação da Rádio Expedição CoMMúsica
São Paulo, 23 de outubro – A banda Poisé, formada em Santo André-SP em 2019, se prepara para o lançamento de seu primeiro álbum completo, “Nada”, no dia 18 de outubro, pela gravadora Marã Música. Com sete faixas, incluindo cinco inéditas e duas já conhecidas pelo público – “Nunca Eu” e “Ilha de Edição” –, o álbum promete uma experiência musical profunda e melancólica, marcada por reflexões existencialistas. Com uma sonoridade que mistura indie rock, rock alternativo e influências brasileiras e latinas, “Nada” explora temas como a angústia, o vazio e a aceitação da incerteza que permeia a vida.
O título “Nada” carrega uma dualidade que reflete bem a essência do disco: ele se refere tanto ao verbo “nadar” quanto ao substantivo “nada”, que simboliza o vazio e a ausência. “Percebemos que várias de nossas músicas faziam analogias com a água – mar, ondas, tempestades. Isso nos levou ao nome ‘Nada’, que, ao mesmo tempo, carrega essa ambiguidade. É sobre o ato de nadar e enfrentar as correntes, mas também sobre o vazio existencial”, explica Lucas Psiko, vocalista e guitarrista da banda. As músicas são um convite ao ouvinte para mergulhar em reflexões profundas, enfrentando o desconhecido e aceitando a falta de controle que muitas vezes domina nossas vidas.
O processo de gravação do álbum foi extenso, durando quase três anos, e reuniu composições de diferentes fases da vida dos integrantes. “Foi um processo longo, mas recompensador”, comenta Cá Polese, também vocalista da banda. “Algumas faixas, como ‘Nunca Eu’ e ‘Astros Invisíveis’, foram compostas há mais de 10 anos, enquanto ‘Evaporar’ surgiu bem no final, quando já estávamos encerrando as gravações.” Mesmo com essa diversidade temporal, “Nada” mantém uma coesão temática e estética, unindo as faixas sob uma perspectiva comum de questionamento existencial.
A banda já havia sinalizado as ideias centrais de “Nada” em seu EP anterior, “Rascunho”, que foi um prelúdio do que viria a ser o novo álbum. A capa de “Rascunho”, que trazia um mar, representava o conceito que amadureceria e ganharia forma completa em “Nada”. “O EP foi uma espécie de rascunho para o que se transformou neste álbum, um esboço das ideias que agora amadurecemos completamente”, afirma Psiko.
Musicalmente, o álbum é uma fusão de indie rock, rock alternativo e ritmos latinos e brasileiros. “Temos dificuldade em rotular nosso som”, admite a banda. “Costumamos nos identificar com o indie rock e o rock alternativo, mas sempre há espaço para experimentação, incluindo elementos como percussões menos convencionais e sintetizadores.” Além das guitarras, baixo e bateria, o álbum traz instrumentos como escaleta, xequerê e pau de chuva, que adicionam uma riqueza sonora e texturas diferenciadas às composições.
As letras das músicas, escritas por Cá Polese e Psiko, refletem o interesse da banda por filosofia e psicanálise. “Eu sou psicanalista e o Psiko é apaixonado por filosofia”, revela Cá. “Recentemente, fizemos juntos uma pós-graduação em ‘Filosofia, Psicanálise e Cultura’, e isso transparece nas nossas composições. As letras abordam temas existenciais, inspirados pela nossa autorreflexão e por tudo que estudamos.” Faixas como “Ilha de Edição” falam da nossa relação com as redes sociais e a necessidade de parecer algo que não somos. “Essa faixa é uma crítica a essa obsessão por editar nossas vidas e nossas imagens nas redes. Estamos mais preocupados em parecer alguma coisa do que ser de fato”, comenta Psiko.
A banda está empolgada para ver a recepção do público ao álbum, que marca a primeira vez em que estão investindo em ações mais amplas de marketing e divulgação. “Sempre trabalhamos de forma independente e sem grandes ações de marketing”, diz Lucas Rett, baixista da banda. “Agora, queremos furar nossa bolha, alcançar mais pessoas e ver como nosso som reverbera em um público maior.” Além do álbum, Poisé também lançará o videoclipe da faixa “Tempestade” no dia 11 de novembro, com direção de Gustavo Sasso. “Foi a primeira vez que fizemos um clipe com uma narrativa e um ator principal, o que trouxe novos desafios para nós”, compartilha Cá. O clipe, gravado em uma noite fria e desafiadora, acompanha visualmente o tema da música, que fala sobre as mudanças repentinas e o impacto da pandemia.
Formada por Cá Polese (voz, percussão e teclas), Gusta Ribeiro (bateria), Lucas Rett (baixo) e Lucas Psiko (voz e guitarra), Poisé surgiu com a proposta de criar uma identidade sonora única. A banda ganhou notoriedade ao vencer o eFestival, o maior concurso digital de música do Brasil, em 2021, o que lhes deu a oportunidade de tocar no palco do Tom Brasil e performar ao lado dos Titãs.
Com “Nada”, a Poisé entrega um trabalho que reflete anos de composição, reflexão e maturação artística. “Estamos ansiosos para que o público mergulhe nesse disco tanto quanto nós mergulhamos”, conclui a banda.
CONFIRA A TRACKLIST DE “NADA”
- Tempestade
- À Deriva
- Nunca Eu
- Astros Invisíveis
- No Espelho
- Ilha de Edição
- Evaporar
Sobre Poisé:
A Poisé é uma banda nascida e criada em Santo André-SP em 2019, misturando rock alternativo e indie pop com ritmos brasileiros e latinos. Formada por Cá Polese (voz, percussão e teclas) , Gusta Ribeiro (bateria), Lucas Rett (baixo) e Lucas Psiko (voz e guitarra), o coletivo tem uma ep, quatro singles e quatro videoclipes lançados.
Influenciada por bandas como Los Hermanos, Os Mutantes e Beatles, a banda apresenta uma sonoridade alternativa, mas sem abrir mão do pop, apostando em letras poéticas e reflexivas.
Em 2021, a banda sagrou-se vencedora do eFestival, o maior concurso digital de música, que abrange todo território nacional e já conta com mais de duas décadas de tradição. Por conta da vitória, a Poisé fez seu primeiro show no Tom Brasil, onde também teve a oportunidade de cantar a música “Flores”, no palco com os próprios Titãs.
Crédito da foto: Vini Cherchiari