Trans Horizontal #4

Trans Horizontal #4 • Pensamentos do cotidiano

Por Gabriel Lelis – Hoje não vou trazer uma artista pra coluna, conforme fiz nas três primeiras edições. Pretendo ainda trazer em edições futuras textos a respeito do Movimento negro da minha cidade e de algo que exalte o empoderamento feminino, mas hoje, por enquanto, vou escrever livremente sobre pensamentos recentes.

Trans Horizontal #4

Gosto e quero escrever livremente nessa coluna, mas na maioria das vezes não me sobra tempo pra tanta espontaneidade assim ou às vezes só tenho preguiça mesmo, mas a prática da escrita é um hábito que pretendo criar pra mim.

Tenho lido três livros: “Os miseráveis”, de Victor Hugo; “D. Quixote”, de Cervantes e “Quarto de Despejo”, de Carolina Maria de Jesus, no banheiro, na sala e no celular, respectivamente. Gosto de ler por esporte. Detesto ter que ler algo por obrigação, como um edital de concurso, por exemplo.

 

Fiz o concurso da prefeitura de São João Del Rei. Horrorosos! O concurso e o meu resultado. Ambos péssimos e piores do que eu esperava.

Viajei no feriado. Fiz um caminho diferente pra voltar e peguei a BR 040. Já havia pegado a famosa rodovia federal diversas vezes de moto, mas nunca de carro. Foi interessante. Me senti confiante.

Eu havia pensado em mais coisa durante o dia pra escrever aqui, mas já me esqueci.

Lembro que hoje mais cedo lembrei de um poema do Oscar Wilde que me foi apresentado por minha irmã mais velha, ainda na minha infância e que, por algum motivo, jamais esqueci:

“A gente destrói aquilo que mais ama
em campo aberto, ou numa emboscada;
alguns com a leveza do carinho
outros com a dureza da palavra;
os covardes destroem com um beijo
os valentes destroem com a espada.
Mas a gente sempre destrói aquilo que mais ama.” (Oscar Wilde. A Balada do Cárcere de Reading, em tradução de Paulo Vizioli)

Tenho lido e relido clássicos, visto e ouvido coisas com uma sempre nova “perspectiva madura” que busca novidades em torno da emancipação intelectual, mas sem forçar a barra, sem muita obrigação.

Aprendi com uma senhora de mais de 80 anos, mãe de um amigo meu, muito lúcida e de esquerda por instinto, a separar os bozonaristas em:
Bolsonarista – politicos, cabos eleitorais e líderes religiosos engajados.
Bolsominion – comerciantes, empresários e burgueses em geral que, de berço, herdam dinheiro e ignorância.
Bolsonhentos – pobres desprovidos de consciência de classe e que apoiam o maldito. Também pastores e líderes religiosos que nao engajam na política.
A medida que o tempo passa e essa merda avança, vamos reparando as nuances do eleitorado da ignorância. É assim que ela se refere e pretendo adotar essa segregação semântica pra melhor me expressar em momentos de indignação.
PS – o texto acima é pra rir ou pra chorar, vocês decidem.

É interessante trazer pensamentos pra um portal sobre conhecimento compartilhado. Poderia escrever direto nas redes sociais, mas fazê-lo assim, em um site voltado a visibilidade de artistas independentes, sinto um valor maior na atividade e me pergunto: quem será que vai ler até aqui?


Manifesto da Expedição CoMMúsica

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