Estação Black • Rose MC, uma lady no Hip Hop
Estação Black • Rose MC, uma lady no Hip Hop é artigo de Marcelo Kurts em sua coluna na Expedição CoMMúsica.
A trajetória de Rose Rocha teve início em 1985 quando dançava break na conhecida Toco Disco Clube e foi nessa época que recebeu o apelido de Mina do Break pelo DJ Iraí Campos. Por volta de 1988, ela teve a decisão de interromper sua carreira artística para estudar artes na Faculdade Belas Artes em São Paulo.
No ano de 1992, escreveu uma letra de Rap para protestar na faculdade, surgia então a Rose MC apadrinhada pelo DJ Smokey D do grupo Doctors MC que a levou nos encontros de break da estação São Bento do metrô no centro da capital paulista. No ano de 1993, Rose apresentou o l Encontro Nacional de Break da São Bento e, em 1994, gravou duas faixas pela gravadora Kaskatas para a coletânea musical “Sociedade Alternativa – Elas por Elas” e produzida por Mad Zoo.
A convite de Thaíde e DJ, ainda em 1994, Rose participou da música “A entrevista” fazendo feat (do inglês featuring) no LP Brava Gente que saiu pela gravadora Eldorado.
Durante muito tempo, Rose se dedicou à docência mesmo atuando artisticamente como cantora, sendo uma das professoras pioneiras a abordar o Hip Hop dentro da educação, pois acredita que a cultura de rua é uma importante ferramenta de transformação.
A partir do ano 2000, passou por vários projetos destacando-se o M.I.N.A (Mulher Inteligente Nasce com Atitude) que contou com a participação da cantora Paula Lima e do DJ MC Tio Fresh (MRN e SP Funk).
Em 2013, participou dos coletivos Minas da Rima, Hip Hop Mulher e Frente Nacional das Mulheres no Hip Hop, sendo uma das autoras do livro Perifeminas lançado no mesmo ano. Ainda houve tempo para participar do projeto Hip Hop all Stars Volume II produzido pelo DJ Heliobranco e durante o período de pandemia em parceria com Rúbia (RPW) e Sharylaine desenvolveram o projeto Clássicas do Hip Hop.
Enfim, Rose MC teve e tem grande contribuição dentro da cultura Hip Hop, no ano de 2022 lançou seu primeiro trabalho solo de forma indpendente, mostrando que o Hip Hop ultrapassa as barreiras do tempo para se perpetuar na história da arte contemporânea.
Fonte – Jornal do Rap – 07/06/22